quarta-feira, 9 de maio de 2012

Estudo da McGill University (Montreal, Canada) demonstra eficácia de acupunctura e hipnose na cessação tabágica (artigo em inglês)


Alternative therapies can help smokers kick the habit


A review of 14 international studies suggests that alternative therapies such as acupuncture and hypnosis can help smokers kick their habit.


Some trials show that smokers who use acupuncture for cessation are more than three times as likely to be tobacco-free six months to a year later, found Mehdi Tahiri and colleagues at McGill University in Montreal, Canada.

Another study which evaluated hypnosis also showed that smokers who took hypnotherapy sessions had a higher success rate than those who used conventional methods such as nicotine-replacement, drugs and behavioral counseling.

There are plenty of unanswered questions about the two alternative techniques including exactly how effective they might be and how hypnosis and acupuncture measure up against conventional therapies, wrote the Canadian team in theAmerican Journal of Medicine.

Most people who want to quit smoking start with conventional therapies, Tahiri said adding that for smokers who do not like medications or those who find cessation with standard therapies unsuccessful, acupuncture or hypnosis can be a good recommendation.

Por que somos tão gabarolas?


Falarmos de nós traz a mesma satisfação que comida ou dinheiro

A investigação conduzida por Diana Tamir, publicado na «Proceedings of the National Academy of Sciences», diz que revelarmo-nos traz sensações de compensação extra. Segundo o estudo, “as eram até capazes de esquecer o dinheiro para falarem sobre elas”.Falarmos de nós próprios instiga o mesmo género de satisfação no cérebro que a comida ou o dinheiro, segundo avançou esta semana uma equipa de investigadores da Universidade de Harvard. Segundo uma ressonância magnética, são activadas as mesmas zonas cerebrais

Pelo menos 40 por cento das conversas diárias, sejam pessoalmente, através de telefone ou redes sociais, são dedicadas a dizer aos outros como nos sentimos ou o que pensamos. Neurocientistas da Universidade de Harvard descobriram a razão para esta prática comum: traz-nos uma sensação de prazer, ao nível das células cerebrais e sinapses.


Para chegar a estas conclusões, a equipa conduziu testes em laboratório para ver se as pessoas valorizavam excepcionalmente a oportunidade de partilhar pensamentos e sensações, enquanto monitorizavam a actividade cerebral de alguns participantes no estudo, de forma a ver que partes do cérebro estavam mais excitadas quando falavam de si, relativamente a outros voluntários.

Durante os testes, apesar do estímulo financeiro oferecido, preferiram falar sobre elas e estavam dispostas a desistir entre 17 e 25 por cento do lucro potencial, para poderem revelar informação pessoal.

Segundo as conclusões do estudo, actos de partilha de informação pessoal vem acompanhada por uma enorme actividade cerebral em determinadas regiões que pertencem à dopamina libertada pelo sistema mesolímbico, associado ao sentimento de recompensa e satisfação relacionado com comida, dinheiro ou sexo.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O uso da hipnose na psicoterapia


O uso da hipnose na psicoterapia

Gabriella Friaça de Oliveira*

Percebo no meu dia a dia, no consultório, que vários pacientes chegam a mim com algumas dúvidas e mitos sobre a hipnose, sendo assim, acho de fundamental importância o esclarecimento e a desmistificação da hipnose no processo terapêutico. Trabalho com a hipnose clínica, especificamente a Hipnoterapia Ericksoniana, que surgiu como uma modernização da hipnose clássica e é assim denominada por ter sido criada pelo dr. Milton H. Erickson (1901-1980), médico, professor de psiquiatria e fundador da American Society of Clinical Hypnosis.
Em termos simples, a hipnose é um estado de profundo relaxamento, no qual a pessoa volta sua atenção para seu interior, voltando-se para si mesma e com isso retirando sua atenção do exterior. Quase todo mundo já experimentou alguma forma de hipnose em algum momento da sua vida. Pense numa vez em que você estava dirigindo e percebeu que por um breve momento esteve “com a mente longe”, inconsciente daquilo que estava fazendo, ou uma vez em que estava tão envolvido em um programa de televisão que nem se deu conta quando alguém entrou na sala. Na verdade, toda hipnose é auto-hipnose e o paciente está sempre no controle.
Não há nada a temer, porque a hipnose é um processo completamente seguro quando é usada por um profissional qualificado. O relaxamento experimentado será agradável e regenerador. Com a hipnose ajudamos a pessoa a entrar em contato com a própria experiência interna e com os seus potenciais que não eram percebidos anteriormente. O psicólogo que utiliza a Hipnose Ericksoniana acredita que todos possuem dentro de si os recursos internos necessários para resolver seus próprios problemas e a função da psicoterapia é a de criar condições facilitadoras que permitam ao paciente acessar estes recursos e integrá-los na sua vida diária. Dentre os vários usos da hipnose podemos destacar:
  • Aumento de confiança;
  • Relaxamento durante o parto;
  • Tratamento de fobias, medos e ansiedade;
  • Desordem e distúrbios no sono;
  • Problemas interpessoais;
  • Depressão;
  • Dificuldades sexuais;
  • Queixas psicossomáticas;
  • Alívio pós-traumático;
  • Controle da dor;
  • Gerenciamento do estresse;
  • Controle de hábitos;
  • Desempenho acadêmico;
  • Desempenho atlético;
  • Ajuda nas transições da vida;
  • Preparação para procedimentos médicos e dentais;
  • Bloqueios na motivação e criatividade;
  • Tratamento de luto e perdas.
Devemos ressaltar que a hipnose em si é apenas uma das inúmeras técnicas que podem ser utilizadas no processo terapêutico. Assim, o treinamento em hipnose não é suficiente para a condução de uma terapia, sendo necessário um vasto embasamento teórico anterior. A hipnose só deve ser utilizada por profissionais da saúde devidamente experientes e registrados, que também tenham formação para o uso clínico da hipnose e estejam trabalhando na área de sua especialidade profissional.
Apesar de suas inúmeras aplicações no ambiente terapêutico, a hipnose pode não ser útil para todos os problemas psíquicos, nem para todos os pacientes. A decisão de usar a hipnose no tratamento deve ser feita mediante consulta com um profissional de saúde qualificado, que tenha formação quanto ao uso e às limitações da hipnose clínica.

* Psicóloga com Formação em Psicoterapia e Hipnoterapia Ericksoniana, perita em Avaliação Psicológica, especialista em Neuropsicologia.